Unioeste lança Fórum das Línguas Brasileiras de Imigração

Para criar um ambiente de socialização e troca de informações sobre as várias línguas dos imigrantes que colonizaram o Paraná, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) lançou o Fórum Permanente das Línguas Brasileiras de Imigração (Forlibi), no campus de Cascavel. O fórum possui um blog, que foi lançado em evento do curso de Letras, o X Círculo de Estudos Linguísticos do Sul (Celsul).

Como o Brasil apresenta uma diversidade de línguas e falares resultantes da colonização e do contato entre as diferentes culturas, os pesquisadores têm hoje o desafio de ampliar o espaço de divulgação da realidade plurilinguística.

O blog – www.forlibi.blogspot.com.br – pretende fortalecer as línguas de imigração e dar mais visibilidade a elas. “O fórum é um espaço representativo para essas línguas, que estavam à sombra, sem voz. Acreditamos que o momento é propício para a divulgação do fórum, o qual propicia não apenas voz às línguas de imigração, como também contribui para que a sociedade aprenda e dê ouvidos. É um mecanismo de articulação entre diferentes línguas trazidas de fora que envolve tanto membros da comunidade como pesquisadores”, explica o pesquisador Cléo Altenhofen.

Para os pesquisadores, o Grupo de Trabalho sobre Plurilinguismo e Contatos Linguísticos, do Celsul, é uma prova de que o Forlibi é importante para o fortalecimento das línguas de imigração.

Foram apresentados trabalhos de diversas regiões do Brasil, tais como Bahia, Amazonas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, entre outras. Pesquisadores de diversas cidades do país falaram sobre línguas de imigração como alemão, ucraniano, polonês, pomerano, indígenas e africanas, entre outras.

O fórum foi criado por Ana Sheli Altamiranda e pela professora Rosangela Morello, membros do Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística (Ipol), pelo professor Cléo Altenhofen, representante da URGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) – Letras e representante do dialeto hunsrickisch; Sintia Küster e Evandro Kuth, da prefeitura de Santa Maria de Jetibá, Espírito Santo; e representantes do pomerano; Paulo Massolini, presidente da Federação das Associações Ítalo-Brasileiras (Fibras), do Rio Grande do Sul e representante do talian.

Ana Sheli explica que no blog serão publicados materiais sobre as línguas de imigração, assim como as leis que oficializam ou reconhecem essas línguas. “O Forlibi é uma ferramenta para que as línguas de imigração se fortaleçam e tenham mais divulgação”, esclarece.

 

Arquivo anexado:

2910 Unioeste-E.doc

Áudio:

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Fonte: http://www.cidadao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=71431