Presépio é atração na Praça José Adão Lehmkuhl

Como parte do projeto NATAL LUZ, a Prefeitura de Águas Mornas resolveu oferecer aos seus moradores e visitantes uma atração a mais: o Presépio, montado na Praça José Adão Lehmkuhl, no centro da cidade.

Vale lembrar que o Presépio é uma referência cristã que lembra o nascimento de Jesus, numa gruta, em Belém, uma pequena cidade localizada no sul da Judéia. Na língua árabe, Belém significa “casa da carne” e, em hebraico, “casa do pão”. Nada mais justo, já que carne e pão são dois dos mais significativos símbolos do cristianismo.

O primeiro presépio de que se têm notícias, teria sido montado, em argila, por São Francisco de Assis, no ano de 1223 na cidade de Greccio, na Itália. Durante a Idade Média (476-1453), o costume se espalhou pelas catedrais, igrejas e mosteiros da Europa. No decorrer do Renascimento (XIV-XVI), essa manifestação cultural, de cunho exclusivamente religioso, atingiu as casas de nobres e reis e, durante o século XVIII, começou a ser montado, também, no interior das casas comuns.

Segundo São Lucas, José era descendente de Salomão, filho de David; e Maria era filha de Natã, também pertencente à árvore genealógica do Rei David. Quando Jesus foi concebido, através da anunciação feita pelo arcanjo Gabriel, José e Maria viviam em Nazaré, uma cidade da província da Galiléia, no norte da Palestina. O nascimento de Jesus se deu por volta de dois anos antes da morte do Rei Herodes, aquele que, antes de morrer, teria mandado matar todos os meninos de Belém com até 2 anos de idade. Essa ordem teria como finalidade, livrar seu reino de um possível rei judeu. Desde o século IV, o Natal é celebrado pelos cristãos no dia 25 de dezembro. Como na Roma Antiga, esse dia era dedicado ao sol e também marcava o início do inverno, os cristãos da época o adotaram como o dia de Natal, devido ao desconhecimento da data exata do nascimento de Jesus.

Devemos aos Reis Magos a tradição de trocar presentes no Natal. Por isso, em alguns países, a troca de presentes é feita não no Natal, e sim no dia 6 de janeiro, dia de Reis. A melhor descrição dos Reis Magos teria sido feita por São Beda, um monge anglo-saxão que nasceu em 672. Segundo ele, “Melquior era um velho de 70 anos, de   barba e cabelos brancos, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus; Gaspar era um moço de vinte e poucos anos, robusto, e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio; e Baltazar era um mouro, de barba cerrada, de 40 anos e partira do Golfo Pérsico, na Arábia”. Segundo a tradição, teriam levado doze dias para chegar a Belém. Quanto aos presentes que os Reis Magos ofertaram a Jesus, o ouro – oferecido por Melquior ou Belchior – representava a realeza; o incenso – oferecido por Gaspar – representava a divindade de Jesus, ou a adoração a Deus; e a mirra – ofertada por Baltazar – era uma erva amarga e simbolizava o sofrimento que Jesus enfrentaria na Terra e era, também, símbolo da preservação da incorruptibilidade do Salvador. Na época, a mirra tinha, ainda, outra finalidade: ela era usada para embalsamar corpos. Por isso, simbolicamente, também representava a imortalidade.

 

Observações sobre a confecção do Presépio na Praça José Adão Lehmkuhl:

* Coordenação Geral: Luiz Silva (Diretor de Cultura); Patrícia Lehmkuhl (Diretora de Turismo); Iana Pitan (Assistente Social);

* Serviço voluntário: Cecília Castilho da Silva e Marlete Koerich da Rosa;

* Confecção dos Personagens: Paulo Roberto Fernandes;

* Serviço Cerâmico:  Tânia Fernandes (Oleira);

* Ajudantes: Cláudio Souza e Nelson Gonçalves (eletricista).